ngtskynebula: (dilraba dilmurat (hazy and fantastic))
"[...] ...Ninguém conhece, ninguém espera um domingo tácito para desfrutar; uma gentama tão ampla entre a alvura e a trigueira... mas não há um canto não inculco, é tudo carepa na alma, e a vida se baseia em colligo virgo. [...]"




!me chame de: mira, mimi, mi, nebbie
!mini-bio: ela/dela · +20 · lgbtqi · rj, brasil · grand chase, k-pop · magi, fairy tail, animangá
!links: ff.net · +fiction · spirit · AO3 · tumblr · mylist.info

!política de acesso
: sinta-se livre pra discordar de mim, no seu blog, ou “copiar” uma ideia de publicação do meu blog, porém repostar os meus textos é proibido. no mais, vamos interagir! esse blog estará aberto a comentários sempre, inclusive se fizer muito tempo desde que publiquei determinado artigo. confira o meu arquivo, fique à vontade, okay? ah, e eu não permito que as minhas histórias sejam resenhadas nas redes sociais (porém está tudo bem se for em um blog.)

!política de obras transformativas: não tenho problema algum com quem queira fazer fanart das minhas fanfics, ou fanfic delas, ou até mesmo utilizar a premissa de alguma fic minha para uma fanfic própria (mesmo que seja de outro fandom e/ou ship), desde que a execução não seja idêntica; ou seja, que, aí sim, se configure plágio. ideia nenhuma é propriedade intelectual de ninguém, e todos estamos brincando numa caixa de areia legalmente cinza. também não tenho problema com trabalhos transformativos baseados nos textos do blog, mas quero ser notificada quanto à publicação. e quanto a arquivar as minhas fanfics, eu não permito que seja feito de maneira pública, na web; se quiser, faça download e mantenha o documento consigo, para uso pessoal.

!obs: eu publicarei alguns jornais privados, e apenas amizades específicas terão acesso a eles por privacidadeisso é inegociável, não me disporei a liberar o acesso pra quem pedir; porém a maior parte dos meus textos é pública, e inscrições no meu jornal são bem-vindas! me inscreverei no seu se gostar do teu conteúdo. i can speak english. she/her.

!note que: estou velha demais pra esquentar a cabeça com picuinha digital, portanto antishippers não têm espaço no meu blog se for para criticar qualquer darkfic ou darkship que eu possa vir a explorar no futuro. eu sou contra o assédio e acredito que toda fanfic, sendo ela puramente fictícia, tem o direito de existir, inclusive as histórias retratando e explorando o moralmente repreensível; se você desgosta de algo, a porta da rua é serventia da casa. o autor é responsável pela sinalização e classificação adequada do conteúdo, e você é responsável pela sua curadoria digital.
ngtskynebula: (Default)
Esses dias digo que a minha depressão subclínica estabilizou: não tô melhorando mas também não estou piorando significativamente, só de vez em quando… com os problemas familiares, financeiros e existenciais usuais. Vim na intenção de trazer outros tópicos pro EON, mas o blues me impediu de botar o tico-teco pra funfar então eu matutei algo mais fácil: uma tag, é claro, é claro.

Já venho surfando o que sobrou da blogosfera brasileira no Blogger há tempos, e, nessa, encontrei um punhado de questionários bacanas de serem revividos. Tomei a liberdade de escolher quais quis responder e “montar” uma listinha “original” (que de original nada tem). Uau, ‘blogosfera brasileira no Blogger’ tá tipo o ‘Bring Blogs Back’, no inglês… ah, perdi o fio da meada. Sigamos!


Qual é a história por trás do nome do teu blog?
Bom, a minha URL vem do meu nome de usuário atual — ngtskynebula. Se lê “night sky nebula”, pois vem exatamente daí, porém, para a minha grande tristeza, eu descobri que a ideia não é tão intuitiva pros outros quanto eu imaginei que seria… eu escolhi esse usuário porque queria um que não fosse associado a nenhum dos meus fandoms; após vários anos, entendi que sempre termino desgostando dos que são, e, como esperado, aquietei o facho com esse de maneira satisfatória.

Já o nome atual do blog, Em Outras Notas, é uma referência ao Anotações Esparsas, meu site antigo. O AE seria um eCaderninho de pensamentos meus, e desde que não deu certo apesar da proposta, o EON entra como um espaço para eu continuar registrando meus pensamentos na web. Talvez, lá pra uns anos, eu migre do Dreamwidth para outra plataforma. Estou pensando em ir pro Ghost CMS, já que vou precisar ter um website profissional. É uma plataforma paga, mas bem completinha.

Eu não usaria o meu nome de usuário como URL, e caso acabe não pegando o domínio do EON para mim eu pensei em ‘Céu Noturno de Janeiro’ — conversa com ngtskynebula sem ser sobre ele. Porém ‘Em Outras Notas’ funciona maravilhosamente, então veremos, veremos…

Ó, lástima! Eustáquio Mísero, o que você faria no meu lugar?


Quando, e como, surgiu a ideia de criar um?
Nossa… sabe que eu não sei? Tipo assim, eu tô na blogosfera brasileira como leitora há muitíssimo tempo, basicamente desde que criei a minha primeira rede social — o Facebook, na época que ainda era uma rede social —, então acho que, em maior ou menor grau, eu quis um blog a partir dali. Já tentei ter, pelo menos, uns dois pelo Blogger (já tive uma página de “frases românticas” no FB, e o mais estranho é que eu nem sabia como é estar apaixonada…?), porém foram websites lançados sem um nicho, um calendário editorial ou, sequer, alguma importância pra mim, portanto não vingaram.

O AE, verdadeiramente, foi meu primeiro projeto do tipo que deu certo (bem como O conto inscrito na lâmina, então com outro título, foi a minha primeira longfic que seguiu).

De primeira eu queria um blog porque todas as Garotas Legais tinham um, mas depois dos fracassos eu encontrei uma razão mais sincera: quero o meu espaço. Uni os nichos da escrita criativa com os textos pessoais pois li inúmeros tutoriais, por vários anos, ensinando que todo autor de sucesso tem um blog de autor… no fim, como sempre, demorei tanto pra terminar qualquer coisa que isso deixou de ser realístico pra mim; teoricamente o EON é um ‘blog de autor’, mas eu o trato bem mais como o local de registros das minhas desventuras que um website pra capturar leitores e lhes vender o meu peixe de fanfiqueira, sabe? O AE foi maisoumenos nessa naipe, e não me identifiquei com o modo.

Em vez dos leitores me encontrarem pelo EON, e sair dali para as minhas fanfics, é mais viável que encontrem as minhas fanfics e, então, visitem o EON. E está ótimo! Isso também me serve.


Você tem, ou já teve, outros blogs além desse aqui?
Siiim, e eu super os mostraria mas eu deletei os dois! O Blogger deleta permanentemente, affs. Se eu pudesse voltar no tempo, não os deletaria; e digo aos fanfimores com histórico que não deletem os seus, pois vocês sentirão falta de poder visualizar esse recorte e comparar com como estão hoje em dia! Sério, é tão triste. (Não deleto o que sobrou das minhas fanfics no Evernote por causa disso, por mais que lê-las me dê gastura.)


Já pensou em criar para além dos textos para blog?
Olha, eu já pensei em criar alguns vídeos pro YouTube… nada que mostre a minha identidade, mas não vou me dar o trabalho de alterar a minha voz (até porque ela já está na web, né, gravada num EP de podcast, então pfft), por mais que eu queira separar o meu branding profissional da vivência em fandoms e afins. Tenho uma amiga que sonha em gravar podcasts, é um formato que ela ama. Talvez gravemos juntas no futuro, não sei. De minha parte, eu gostaria de colaborar com outros projetos do mundinho fanfics brasileiras: BetaCast, Liga dos Betas, NEPF-UFRJ no Instagram, fanficast, fanfica aí, e, por fim mas não menos importante, o FanficShow no YouTube.

Eu gravaria pouquíssimos vídeos pro YouTube, se fosse o caso, mais para ter conteúdo sobre fandom e fanfic em brasileiro por lá, coisa que eu vejo tão, tão, tão pouco que dói o coração. É uma área bem esquecida pelo pessoal, apesar do potencial enorme (vide os antigos vídeos da Plushie, que sumiu da face da plataforma, e das famigeradas fanfics audiovisuais com formatação estranha). Na gringa tem a Cora Maria, que cresceu exponencialmente num período diminuto de tempo, e o canal tonka joey, que posta nada de original mas o pessoal devora, mesmo assim. O YouTube precisa de vídeos sobre fanfic e fandom que levem isso a sério! Sem zombar! Um dia eu surjo por lá, talvez.

Who knows, who knows...


Você se inspira em algum outro blog? Se sim, qual ou quais?
Eu não diria que me inspiro num blog específico, mas, sim, nas minhas impressões do que torna a visita a um blog algo agradável ou desagradável… digamos assim. E nas minhas memórias do Liga dos Betas, de quando eu o lia como se fosse o jornal local duma cidade pequena no interior do Rio; religiosamente, quero dizer. Esses tempos eu surfei no arquivo deles, e quebrei a cara um bocadinho pois me lembro de gostar muito mais da maioria dos textos ali antigamente, enquanto que, hoje em dia, os que me cativaram foram os que, na época, eu não leria. Foi bom, foi bom.

Em mente, eu visualizo com afinco o que quero do EON; há toda uma estratégia por trás. 


De que maneira a blogosfera influenciou a sua vida fora do digital?
Conheci pessoas através da blogosfera; se não pelos sites em si, então por estar nessa ala da internet e, portanto, poder conversar sobre isso. Também desenvolvi bastante da minha comunicação escrita ao procurar melhorar as minhas redações pro blog. Acho que estou aprendendo a abrir o meu peito com a escrita por causa do EON, também (pois é, pois é, demorou isso tudo mas veio aí).

O EON me faz me sentir menos sozinha, de certo modo. É um espaço que me ouve sempre que eu preciso, sem que eu me preocupe se incomodo, se as minhas necessidades emocionais são exigentes demais, se eu sou muito chata, se a minha energia baixa o astral do pessoal, ou qualquer linha de raciocínio nessa direção. Mais do que isso, ela me dá a validação que eu quero na medida correta pois vem de mim, porque sou eu me olhando no espelho, pensando: “É assim que é.”


O que diria para alguém adentrando a blogosfera?
Encontre um nicho do qual você realmente goste, mas não se prenda a ele (‘cê sempre pode mudar); não fale só desse nicho, use o blog para registrar coisas comuns e pessoais, também (ó, mas não se sinta pressionado só porque eu te disse isso). Saia cada vez mais das grandes redes e focalize a sua experiência digital no teu blog, vai tornar a sua vida de internauta mais leve.

De resto, visite outros blogs (a blogosfera brasileira não morreu!) e aguensurte firme.


Complete a frase: “Para mim, a blogosfera é… [ ___ ].”
‘Um respiro.’

 
 
This is not part of today’s article’s original intent, but since I’m already here I might, as well, take the opportunity to answer this fun, quick meme I’ve been tagged. Thanks to dear [personal profile] catgiri! I’ve got: ‘M’.
 
Something I hate: Mingau de aveia. (I know it isn’t in English, but I can’t think of any other thing, I’m so sorry!) I’m not into… soups… in general, I fear, but porridges are even worse for me. I’ll eat it if it’s the only option I’ve got, but I’d rather not.

Something I love: No other option than music, yeah. I’m frequently listening to it, though not always cause it’s pretty easy for me to get a headache from noises in general, even if it’s not that loud.
 
Somewhere I have been: Mariópolis, in Nilópolis, North of Rio de Janeiro City. My maternal grandma used to live there with her husband, and the house they had scared me a lot cause it was surrounded by tall trees and it had few light-bulbs… I remember showering while trembling in fear (she wouldn’t listen to me when I told her I was afraid, figures) cause it wasn’t really covered by a ceiling and there were small, black things falling on me. Nowadays I know they were just simple little tree seeds, but back then! Back then I almost had a heart attack!
 
Somewhere I would like to go: Minas Gerais, a neighbor state of Rio de Janeiro. I’d stay, like, an entire month there if I could (though I think I’d feel too anxious by the end of the first week and would just comeback to see how my family’s doing, ah).
 
Someone I know: I know a bunch of Marias Eduardas, a single Maria Luiza and other flavours of Marias that aren’t in my life anymore, but I’ll say — Mayara. She was one of the first friends I made in the neighborhood I currently live in… she moved out, that little bitch. (I miss my little sis so much, ugh.)
 
Best movie I’ve watched: Maze Runner I, II ‘n III (though I loathed how Teresa was handled in the end, not gonna lie). I watched it for Dylan O’Brien, but I stayed for the plot, I swear! Plus his homoerotic tension with Thomas’ Newt, but, uh. Yeah.

 
 
Eu reaproveitei perguntas seletas que encontrei através de múltiplos blogs respondendo tags: Crazy Otaku, Bolinho de Arroz, Shy & Brave e Cupcake Kawaii. (São todos bem fofos, com layouts para web beeem '10s, por sinal).

Querido fanfimor, quando você vir um blogueiro postando uma tag saiba que, muito provavelmente, o texto que deveria ser publicado não era aquele… mas tá tudo bem, blogueiro também é gente e ser brasileiro é difícil (afirmação válida para qualquer momento desde 1500). Dito isso, até que gostei.

Eu poderia trazer um relato intimista, mas do jeito que a minha cabeça está sei que a última coisa que eu preciso é remexer mais essas feridas emocionais pulsando. Confesso que tô exausta, de novo, e bastante magoada com algumas coisas; não sei mais quantos “vai dar tudo certo” tenho no bolso pra oferecer de consolação, mas, ao mesmo tempo, não quero que se apavorem comigo. Sei lá.

Como diz a minha melhor amiga: “Eu não desisti, só está bem difícil.”

Espero que as coisas estejam melhores pra ti, do outro lado da telinha, fanfimor. Beijos!
 
 
Para que respondam essa tag, eu marco: a Beatriz, do Just Daydreamin’; a Yasmin, do Quase Inédita; a Nana, do nanaview; e a Laurinha, do Missing Simpler Archives. Um abraço!
ngtskynebula: (Default)
Em 08/01, o EON fez um aninho de existência. Não escolhi a data por qualquer boa razão; os primeiros textos foram redigidos no final de 2023, e eu optei por oito de janeiro porque achei que ficaria bonito visto num calendário. Uma segunda-feira, um número par.

Sei lá, tenho dessas inexplicabilidades em mim.

Janeiro é o mês da renovação, o mês do meu cantinho e o mês de mim mesma — pertenço ao vigésimo crepúsculo, dia de São Sebastião, dia de chuva, quietude, às vezes tragédias, às vezes vida. Isso aí: eu nasci em 20/01/2002, e em 2025 faço 23 anos. Quis trazer um quê afável para comemorar a continuação do Em Outras Notas, e como também quisera falar algo do próprio aniversário, uni o útil ao agradável em uma só cartinha. Dá até pra transformar em tradição no blog, ó, todo janeiro eu me reapresentar à blogosfera e aos fanfimores.

De um ano pro outro talvez eu tenha um punhado de reflexões a partilhar, não?
 
 
Thought I'd be flyin' by now
(Pensei que estaria arrasando agora)
But I feel so glued to the ground
(Mas me sinto tão grudada ao chão)
I look around, everybody's in the same boat
(Olho ao redor, estamos todos no mesmo barco)
So let go and know that you're not alone
(Então deixa pra lá, saiba que você não está só)

know that you’re not alone, Cat Burns
 
 
 
18h35. Olá! Meu nome é Miranda Giovannini, e se esse é o meu sobrenome real… fica em aberto; eu sou uma mulher cisgênero, ou, pelo menos, é o rótulo que mais faz sentido pra mim hoje. Sou preta, multirromântica, demissexual, ProUnista pelo Enem 2019 no quinto ano de graduação; sou ecossocialista, escritora e leitora, gateira, cansada e inconsistente. Eu sou toda molenga e o meu punho é feito de palito, mas meu toque ajuda a recuperar vidas. Tô nesse planeta para ser boa, porém não tenho muito apego à vida, não.

Os meus amores são a minha âncora.

Se me perguntarem, diria que as minhas principais características são a seriedade e o afeto. Eu me preocupo profundamente em demonstrar meu compromisso e carinho com as pessoas ao meu redor, e com os projetos — meus ou dos meus amigos, desde que importem pra alguém —, e, com isso, vem a autocrítica e sensação de insuficiência. Com o passar dos anos aprendi a gerenciar melhor esse lado, todavia tenho muito chão pela frente.

Eu me apaixonei pela escrita criativa aos doze anos, pois uma então colega de classe minha me mostrou o Spirit. Gosto de escrever para o blog, de escrever fanfics de alta fantasia e romance, de ler ficção e não-ficção; eu leio mangás, assisto pouquíssimas séries e só passo muito tempo no YouTube se o humor deprimido piorar. O EON é o segundo blog bem-sucedido que eu tenho, e nele a minha proposta é simples: ter um cantinho só meu, porque esse é o meu blog, e não um ‘blog de fanfics’. Algo bem 2010, né? Intencionalmente.

Sou trilíngue pois falo brasileiro, inglês e palavrões. Quero cursar chinês, no futuro, e libras; de outra maneira, também gostaria de realizar um curso técnico de confeitaria. Bom, de línguas, só o chinês e a libras, mesmo. Não sei quando, ou se, terei oportunidade, mas… é.

Nesse site você encontrará ensaios amadores de uma fã de fandoms mortos, relatos esparsos da minha jornada artística, parágrafos a fio sobre como eu quero me jogar na pista de BRT, ideias e observações sobre a fanfic e o fandom enquanto fenômenos, listas quaisquer e o que mais der na telha. Sou deliberadamente lenta, antiprodutividade, e tenho afazeres no mundo físico que vêm antes do EON, que é um hobbie, e continuará sendo um; dito isso, meu sonho de princesa é dar as caras uma vez por mês (no entanto, não me forçarei a fazer isso).

Caso lhe interesse, os meus principais fandoms são: Grand Chase, Seventeen, Fairy Tail e Magi: The Labyrinth Of Magic. Sou shipper, com um casal favorito pra cada — LaSis, JeongShua, NaLu e Kouhaddin. Eu quase nunca posto fanfics, pois, primeiro, precisaria terminar elas e essa é uma competência em falta por essas bandas, porém 98% das minhas histórias são shipfics, muitas +18 pela violência física ou então pelas cenas de sexo, mesmo.

Minha pasta de rascunhos é cheia de oneshots, porque são finalizáveis, mas tem uma longfic em andamento: O conto inscrito na lâmina, protagonizando o Lass e a Elesis. Sempre ressurjo no Em Outras Notas me lamentando dela. Eu te convido a ir dar uma olhada!


18h40. Eu estou quase terminando a minha primeira faculdade; curso Fisioterapia, e 2025 é o último ano. Tô me organizando pra começar Psicologia em 2026, ir caçar meu rumo fixo com algum financiamento da vida, sem pretensões de casamento ou maternidade. No blog eu não sei, ainda, o quanto exporei disso. O EON terá muito de mim, sem abrir mão da privacidade digital. O quanto me permitirei partilhar da minha vida pessoal por aqui, quem sabe pra inspirar algum fanfimor mais jovem ou simplesmente pra registrar minha jornada? Não sei.

Tenho tanta, tanta coisa reservada pra 2025 que, sinceramente, isso será um problema quando for um problema. Conforme o tempo passa mais o sereno se revela amigo indispensável, e se há algo que os últimos anos me ensinaram é deixar a maré me levar, às vezes. Um dia eu entenderei o que quero pra vida do quintal pra dentro, e tanto o percurso quanto o que saltará das páginas dos meus cadernos para o editor online de textos são aventuras para a minha eu-futuro.

Constantes só o movimento e a fluidez.

Nesse meio tempo, o EON e as fanfics ficam jogadas a escanteio, como já vêm. O usual. Tô quase aprendendo a não sentir culpa. É bom pensar que os meus hobbies me esperarão, não importa o que a vida adulta exija de mim; mesmo que passe anos, o que eu amo não se importa.

O amor é paciente, dos outros comigo e de mim comigo mesma. Há de ser.


18h55. Hmmm, deixa eu ver… o que mais eu poderia falar pra pintar uma imagem de mim na sua mente? Eu cismei que quero incluir isso no texto de hoje; cheguei a rever uma pilha de cartas de quando eu ia à psicanalista, cheia da marginália que revelou o meu crescimento psicoemocional dos últimos cinco anos. Foi desconfortável e interessante.

Mudei muito, esses tempos, e gosto de pensar que pra melhor. Identifiquei aspectos de mim que sequer lembrava estarem feridos. O baú saiu do fundo do armário, de fato.

Por exemplo: quem eu sou e quem estou? Quanto do ‘eu’ é fluido, ou é irrisório pensar que exista algo na natureza humana imutavelmente sólido? O que é ser adulto? Como ressignificar isso? É realmente importante ser a minha melhor versão de mim? E quando à minha versão favorita de mim? Quem ela é? Como eu defino sucesso? Que tipo de futuro faz sentido pra mim? Se eu viver muito, o que quero da vida adulta tardia? Quem eu seria, se eu me estimasse?

Não me proponho a responder qualquer pergunta dessas; não sei se um dia as solucionarei, e se, caso o faça, resolverei compartilhar algo tão pessoal na web. Só quero diagramar o que se passa na minha cabeça esses tempos. Sabe, comparando as questões que eu levantei aos 19 anos, que foi quando realizei o acompanhamento, e quais “resolvi” de lá pra cá, eu vi, de fato, quem eu ‘era’ — e essa ‘eu’ não me serve, mais.

Essa ‘eu’ existe, grandemente, no exato momento em que nascem as minhas dinâmicas com as pessoas que eu amo, e não é como se fosse, de todo, ruim; me fez bem focar em cultivar os laços platônicos que eu tenho da maneira que o fiz. Eu precisei disso, pra sobreviver. Sempre fui muito sozinha, e hoje sou menos justamente por ter priorizado tais vínculos.

Claro, me orgulho dessas características, e não serão qualidades da qual me desfarei no lapidar do ‘eu’ que foi negligenciado, mas vale ressaltar que, por exemplo, por meio que não saber como existir para além das minhas amizades, me sinto insegura quando não sou útil. Eu sou afetuosa, cuidadosa, sensível, compassiva… mas quando não interajo com o Outro, quem eu sou?

Sou honesta, assertiva, reservada e caprichosa, mas também lenta, frágil, melancólica, irritável. Quais dessas idiossincrasias me fariam querer ser minha amiga? Quando que eu dedico a mim o mesmo carinho que dedico aos outros? Eu percebi que está na hora de cultivar amizade comigo, agora que me sinto segura nas amizades convosco. Difícil! Porém, inescusável.

Nessas idas, ainda outra preciosidade: tô começando a pensar no que virá após o diploma. Como filha de duas pessoas empobrecidas mais ou menos conscientes, fui ensinada a estudar, estudar e estudar, ter uma faculdade pra “ganhar bem” e “não ter” a vida dos meus pais; e agora, na reta final, me peguei pensando: “Tá, e depois?” Bom, depois vem a casa própria, né.

(Um salve ao Emicida, que disse, muito adequadamente, ser uma vergonha terrível pra qualquer país que o seu povo sonhe em ter casa própria. Casa própria, cara!)

E depois? Não sei. Mas, ó, como pode ver, já me dei conta que tenho que pensar nisso, e refletir é o que mais tenho feito. Hm… acho que quero que a sua imagem de mim, fanfimor, seja de uma pessoa pensativa. Thinking many thoughts, many, many thoughts.


19h15. No último ano eu publiquei oito redações, dos quais cinco foram sobre as minhas histórias e um foi sobre fanfic num geral. Quando eu olho pro meu arquivo, me sinto contente; todos são textos meus, que redigi cheia de carinho e boa vontade, e que, da forma que estão dispostos no blog, fazem jus ao meu compromisso de tornar o site um ambiente confortável pra mim. Nesse meio tempo eu iniciei e engavetei inúmeros outros conteúdos, mas te digo que, futuramente, retomarei a maioria — ideias de ensaios sobre fãs que agradarão muitos fanfimores!

Como eu sou perfeccionista, serão textos demorados a sair… vários pedem por referências no rodapé que sustentem os meus argumentos, então já viu, né. Os títulos que colecionei ajudarão, e posso dizer que pelo menos um foi relido, anotado, e está pronto pra servir ao blog.

Nos próximos anos eu gostaria de finalizar mais textos sobre fanfics e fandom… e, talvez, trazer mais dos meus gostos não-literários pra cá. Eu venho enriquecendo a minha vida aos poucos, e equilibrar o tempo pra viver com o tempo pra criar é desafiador. Guardo esse desejo dentro de mim com leveza, sem pretensão de realizá-lo por saber que não posso priorizar a escrita como quando mais nova. Bom, custa nada sonhar!

Quem sabe o futuro me reserve uma fartura artística, digamos assim, inimaginável; se for o caso, terei muitas fanfics com um punhado de leitores, e esses leitores gostarão o suficiente dos meus projetos para que se interessem por informações extras. Seriam… fãs, ou algo perto disso.

(Oras, vamos lá, né. Qual escritor nunca pensou nisso?)

Nesse sentido, os tópicos que você pode esperar no EON, fanfimor, incluem metacomentários sobre temáticas exploradas nas fanfics, textos sobre a construção de mundo e caracterização do elenco, prévias e ilustrações relevantes, e, é claro, minhas respostas às eventuais perguntas que me enviarem. Tô pensando em trazer reclistas de fanfic, também.

O que eu não sei se trarei são cenas deletadas; afinal, se foram deletadas é porque tem motivo. Joguei a ideia no ar, pois pode funcionar numa comparativa das versões dos contos e capítulos, ou pode não funcionar. Hmmm… não sabemos, não sabemos. Who knows?
 
 


No meio do caminho, eu desisti dumas poucas seções que o texto de hoje teria, por julgá-las exposição demais sob uma ótica mais comedida. Também sequer planejava reaparecer no EON com uma reapresentação; um artigo de retrospectiva deveria vir antes, mas eu não terminei de escrevê-lo e nem ando com vontade de retomá-lo, então… é. Sinceramente, não sei quando eu volto pra cá, porque agora eu realmente (realmente, realmente, realmente) preciso encontrar um estágio extracurricular remunerado que sugue a minha alma à moda capitalista e me forneça trocados mixurucas pra comprar o resto dos meus recursos cinesioterapêuticos.

Gente, sério — eu não vejo a hora dessa pataquada de ser uma adulta responsável render frutos, puta que o pariu neste caralho. Revolução Industrial inglesa, você me paga! Enfim, beijos, mwah, mwah.

Estou no +Fiction, Social Spirit e AO3. Interaja comigo no Tumblr. Uso o TrackBear para registrar e monitorar meu progresso com as fanfics. Sugiro, a ti, dar uma olhada no andamento da minha longfic de Grand Chase, O conto inscrito na lâmina, de alta fantasia.

2.142 palavras.
 
Confira também a versão anterior dessa introdução: “Com anos de atraso, hoje eu me apresento a vocês.” Obrigada pela visita! (*ˊᗜˋ*)
ngtskynebula: (Default)
ngtskynebula

Oi! Tudo bem?

Nascida em 2002, sou assexual, multirromântica, preta, carioca da gema e bastante revoltada com os governos estadual, nacional e mundiais.

Gosto de gatos, cozinhar, gargalhar alto. Gosto, também, de Grand Chase, Seventeen, alta fantasia e não-ficção.

Como todos os outros, sou uma miríade.

Finquei meus pés na blogosfera em 2018, lançando o blog Anotações Esparsas, cujo qual eu viria a coautorar com o Carlos, um colega meu, até eu me retirar da equipe. Como poderá ler no texto: “Com anos de atraso, hoje eu me apresento a vocês”, deixei o AE porque cresci para além dele, embora minha proposta com o EON seja quase idêntica.

Minha proposta de falar de fanfics, fandom e cultura de fãs continuará, porém com a adição positiva de mais de mim. Mais do que escrevo, mais do que penso, e, principalmente, mais do que sou. Por aqui, você, fanfimor, lerá sobre minhas fics, e das releituras que eu fizer, e artigos tratando das opiniões que eu me reprimi compartilhar publicamente por tantos anos.

Como estou adulta — para o meu pavor —, espere por publicação lenta. Minhas prioridades serão minha carreira e minha vida pessoal, então escrever para blog será terciário, por vezes quaternário. Quando o influxo alcançar o estopim, darei as caras por aqui para extravasar um pouco. Não sei escrever demais, e não sei ficar sem escrever. Estranho como são as coisas, não?

No âmbito de escrever e postar fanfics, não tem diferença; escreverei devagar, postarei quase nunca. Dito isso, a feitiçaria que a KOG Studios fez não me deixa sair do fandom, e, por isso, as chances de eu postar uma oneshot ou shortfic são baixas, mas nunca zero. Se eu não estiver fazendo isso, então estou quebrando a cabeça com minha longfic Lass/Elesis — ‘O conto inscrito na lâmina’. Quando der na telha, comento dela por aqui.